Janela sobre o espelho

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Escorre o sol e leva os restos das sombras deixados pela noite.
As carroças puxadas por cavalos recolhem, de porta em porta, o lixo.
No ar, a aranha estende seus fios de baba.
Parafuso caminha pelas ruas de Melo. Na aldeia, é tido por louco. Ele leva um espelho na mão e se olha com expressão fechada. Não desgruda os olhos do espelho.

- O que você está fazendo, Parafuso ?
- Estou aqui - responde - Controlando o inimigo.

( Eduardo Galeano em As Palavras Andantes )

E eu, Dante Dores, tenho vontade de quebrar o espelho que carrego.

Quem destruirei, quem destruo todos os dias ...

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Tomo mais uma coca-cola me olhando feio e dou minhas vaias ao presidente !

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